quarta-feira, 16 de setembro de 2009

SUBVERSÃO NA ALTA MODA

Referências ao mundo dos corsários são recorrentes no prêt-à-porter, estilistas mantêm alma rebelde mesmo depois de estabelecidos.



Muitos estilistas consagrados de hoje no prêt-à porter internacional nasceram como mentes subversivas que viam a moda como forma de expressão legítima.

E que mesmo depois de alçados à fama e à fortuna geradas pelo ingresso ao mundo do alto luxo, mantém caracteristicas de provocação e irreverência. Não por acaso, alguns tem conexão com o Mondo Melissa e estão conectados ao centro irradiador de contestação que é a cidade de Londres com toda a sua vocação para underground.

Dame Vivienne Westwood está à frente deste time de vencedores.
Considerada a "mãe do punk", Vivienne Westwood responde por alguns dos lançamentos que colocaram de cabeça pra baixo os fundamentos da indústria calçadista(em plástico ou não), que trouxeram de volta o nome da designer ícone da moda inglesa às manchetes de noticiário fashion global- sem falar dos pés mais iconoclastas do mundo.

Herdeiro de sua (anti)tradição, outro inglês, Alexander McQueen, foi um dos renovadores da moda em sua versão mais extrema e extravagante no que tange à política estética e sexual,reescrevendo o vocabulário da elegância e da tradição Saville Row ( como São Paulo tem a rua das noivas londres tem a rua dos alfaiates).

Goreth Pugh, de nome dificil pra nós brasileiros, bate ponto com seus amigos absurdetes em clubes,pubs equetais, inspirando-se neste cosmos para suas criações megaoverdressed. "O novo McQuen", empolgam-se muitos. Como se fosse possível aparecer um McQueen por geração.
Antesdele, outro inglês fez história. John Galliano, que entraria para o hall dos grandes mestres como Christian Dior, de quem desde 196 ocupa à casa. Seja nas coleções que levam seu nome ou retomando a força instalada pelo primeiro estilista-celebridade da história. Galliano quebra o barraco da alta moda ao remixar à sua forma o que se entende hoje por alta moda. É um inglês fazendo elegância francesa como até aqui só praticaram gauleses como Jean Paul Gaultier.
Se não pela globalização, como explicar o pós-modernismo do norte-americano Jermy Scott? Tanto que ele já desfilou em Paris e Nova York, mas sua alma vanguardista só encontra eco nas mais despojadas platéias do mundo. Em qualquer lugar que se possa admirar mulheres saindo de conchas como uma espécie de Vênus moderna, elegia e condenação da beleza conforme se vê nas revistas e salas de espera de clinicas estéticas, enquanto pede cosmopolitans nos hotés da hora.
O que vemos, portanto, é que a alma pir4ata, de remar contra a corrente, tem mais a ver com preceitos pessoaisw do que com status de grife. Não se trata de vender ou ficar rendido. Uma vez pirata, sempre pirata!
texto Erika Palomino

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